cada coisa a seu tempo.

queria ter um titulo que chamasse a atenção; um inicio que suscitasse o interesse dos leitores; um desenvolvimento que lhes fosse satisfazendo a «sede» de ler; um final explosivo e uma expressão final que marcasse e ficasse na memória.

mas não sabia sobre o que escrever, então decidi que escrever sobre o queria fazer quando abri a página do bloco de notas onde este texto foi originalmente escrito.

(gosto do bloco de notas porque não corrige os erros, não nos dá sugestões. deixa-nos ser como queremos, deixa-nos ser perfeitos pelo menos uma vez.)
à medida que comecei as ideias despertaram, mas a primeira (normalmente a mais instintiva e inocente) é a que costuma ficar.
reflecti e cheguei à ideia que um bom artista/escritor não é só o que consegue um titulo bom, um inicio excelente, um desenvolvimento porreiro e uma conclusão que tenha sentido. é preciso muito mais. tem que escrever com alma, mas isto estamos nós fartos de ouvir e ler.
Para mim, o verdadeiro artista é o que pega nas coisas insignificantes e as transparece como se fosse uma das 7 maravilhas do mundo; é o que pega em coisas que nos são mostradas como coisas boas, e aponta todos os seus defeitos para nos apercebermos do quão mal nos pode fazer; é o que pega nas tragédias e nos mostra que nem tudo está perdido. No fundo é aquele que contraria e vence com todos os seus argumentos.
Mas agora toda a gente fala sobre tudo, e agora maioria dos textos é tudo igual. então o verdadeiro artista não se perde e contraria. Se as pessoas discordam, agora o verdadeiro vai concordar, fazer do belo mais belo, e do fazer do mau horrível.
ele inova, ele cria, ele desperta atenção, ele dita a «moda».

«uma coisa bem feita leva tempo, aparece de surpresa, e surpreende muita gente»